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Protocolo de Prevenção e Manejo Clínico do Coronavírus (COVID-19) na Atenção Domiciliar

Por Roberto Corrêa Leite- Mestre em Enfermagem, Doutorando em Ciências da Saúde e membro do Grupo de Estudos NEAD (Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar)
 

Como já sabemos, o novo coronavírus, denominado COVID-19, é causador de uma doença respiratória semelhante a uma gripe que pode variar de um quadro leve a moderado, ou ainda, evoluir para uma síndrome respiratória grave. O vírus surgiu na China em 31 de dezembro de 2019, desde então tem se espalhado pelo mundo de forma exponencial, incluindo o Brasil.

Nós do Grupo Vidas, preocupados com a repercussão dessa doença, cientes da nossa responsabilidade social e do potencial que o cuidado domiciliar possui para auxiliar no tratamento e controle da transmissão, preparamos um Protocolo de Prevenção e Manejo Clínico do Coronavírus (COVID-19) na Atenção Domiciliar.
 
Este Protocolo foi elaborado em 13 de fevereiro de 2020 pelo Núcleo de Qualidade e Segurança Assistencial (NQSA) representado pela gerência de qualidade e segurança assistencial e fortemente fundamentado nas recomendações do Ministério da Saúde. Entre os temas descritos, este documento tem como objetivos: atualizar constantemente nossos profissionais com base nas evidências científicas nacionais e internacionais; evitar que profissionais de saúde, pacientes, familiares e cuidadores, sejam veículos de propagação do vírus no âmbito domiciliar; orientar na condução e manejo clínico dos casos suspeitos e confirmados; e por fim, conscientizar os nossos profissionais sobre a importância da notificação compulsória dos casos suspeitos.
 
Após a conclusão do Protocolo, o mesmo foi divulgado por meio de capacitação em aulas expositivas e vídeos, a todos os profissionais do Grupo Vidas, incluindo os setores administrativos, assistenciais e Central de Emergências Médicas. Sabemos da importância de nossos profissionais seguirem com rigor as normas e rotinas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, a fim de oferecer um atendimento adequado e garantir a segurança do paciente, família, comunidade e de toda equipe de saúde envolvida.
 
Em nossas capacitações, reforçamos que o momento que vivenciamos no Brasil é de prudência e não de pânico. Além disto, as informações e recomendações deste Protocolo serão atualizadas constantemente, à medida que ocorra o aumento da epidemia e que novos conhecimentos científicos sejam publicados.
Acreditamos que o enfermeiro case e principalmente o enfermeiro visitador têm um papel chave como agentes multiplicadores e transformadores nas orientações aos pacientes, familiares e cuidadores relacionados às medidas preventivas e de tratamento para a COVID-19. Desse modo, enfatizamos o combate ao desperdício, uso inadequado dos equipamentos de proteção individual, o medo, e muitas vezes, a falta de conhecimento que origina atitudes impensadas. 

Atualmente, aproximadamente 85% dos casos são leves e não necessitam de hospitalização, devendo permanecer em precauções no domicílio, 15% necessitam de internamento hospitalar fora da unidade de terapia intensiva e menos de 5% precisam de suporte intensivo.

Para tanto, também implantamos processos assistenciais relacionados à revisão das precauções padrão, precauções de contato, aerossóis e lavagem das mãos, que a partir de agora, serão incorporados em forma de cartazes, nos prontuários dos pacientes de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19.

Por se tratar de um vírus novo que está à frente de um cenário de constantes mudanças, bem como a necessidade de ajustes decorrentes da utilização prática do Protocolo e das modificações epidemiológicas, sentimos a necessidade de criar um Comitê de Crise com foco multidisciplinar, direcionado para esta demanda. Assim, a partir da próxima semana, faremos encontros semanais para atualizações do Protocolo e das estratégias de contingências, facilitar a tomada de decisões do ponto de visita assistencial e administrativo, e monitoramento ativo dos casos suspeitos ou confirmados.

Sabemos que temos um grande desafio adiante, contudo o que nos faz prosseguir está alinhado ao nosso compromisso em atender com qualidade os pacientes e famílias, a missão em ser ousado na entrega em saúde, atuando de forma personalizada com prontidão e segurança e também na nossa visão em se manter como referência nas soluções e serviços de saúde para todo o território nacional.

Referências:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico Nº 01 Secretaria de Vigilância em Saúde SVS/MS-COE - Jan. 2020. Disponível em: <http://portalarquivos2. saude.gov.br/images/pdf/2020/janeiro/28/Boletim-epidemiologicoSVS-28jan20.pdf>.
2. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar, Urgência e Domiciliar. Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus (2019-nCoV): 2020. Brasília, 2020. Disponível  em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/fevereiro/05/Protocolo-de-manejo-clinico-para-o-novo-coronavirus-2019-ncov.pdf
3. World Health Organization. Advice on the use of masks the community, during home care and in health care settings in the context of the novel coronavirus (2019-nCoV) outbreak Interim guidance 29 January 2020 WHO/nCov/IPC_Masks/2020.1. Disponível: https://www.who. int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/technical-guidance.
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